Projetos


Projeto Jardim Alfa

Apresentação

Este projeto traduz o esforço e o compromisso de um conjunto de pessoas organizadas em torno da Associação de Arte e Cultura Nova Paisagem, para desenvolver um trabalho junto à comunidade do Jardim Alfa e seus arredores, como o Jardim Gama e o Jardim Beta. Esta comunidade integra as mais de 20 favelas que hoje fazem parte do município de Cabedelo, na Paraíba.

O Jardim Alfa é mais uma comunidade que compartilha as características gerais da vida em favela: muito dos seus membros são desprovidos de condições mínimas de bem-estar, que lhes garantam até mesmo o direito de dizer que vivem sob o exercício pleno daquilo que se define como uma condição cidadã.

Ao trabalho da associação se agrega o compromisso de empresas, à exemplo da empresa de móveis Carvalho que, situadas no entorno do Jardim Alfa, assumem a tarefa de intervenção junto aos moradores da região, no sentido de alterar o quadro das condições sociais ali vividas por seus moradores.

Comprometida com a idéia de responsabilidade social a empresa Carvalho já disponibiliza um galpão, material e pessoal de apoio para, aos sábados, membros da associação desenvolverem projetos simples de atividades artesanais que estão mobilizando membros da comunidade para produzirem pequenas peças, que garantam uma forma, ainda que incipiente, de geração de renda.

Inicialmente destinadas aos adultos estas oficinas estão também tendo que desenvolver atividades paralelas, destinadas às crianças, que acorrem ao local ávidas por um espaço de conhecimento e lazer.

O sucesso da iniciativa está provando que o espaço oferecido pela empresa já se mostra insuficiente, inclusive para atender todas as demandas, colocando a necessidade de expansão e organização do grupo.

São crianças longe de creches e escolas, são adolescentes desencantados com a falta de perspectiva, são adultos sem uma formação adequada para enfrentar os desafios da sobrevivência e proporcionar aos seus dependentes uma vida minimamente digna.

Tal situação é inconcebível, se considerarmos que o município de Cabedelo, ao qual se integra o Jardim Alfa, apresenta uma das melhores arrecadações do
Estado. Se não fosse por isto, a situação, por si só, já ensejaria intervenções que ficariam no plano mesmo da defesa da integridade humana e da qual todos nós somos responsáveis.






I- Bases conceituais do projeto

O projeto se inscreve naquela perspectiva de que a sociedade civil organizada pode lograr novos caminhos superadores daquelas condições de vida que jogam o homem para um certo tipo de clandestinidade social.

Devido a todo um processo histórico que acarretou uma condição social de crescimento demográfico irregular e avanço da situação de miserabilidade social do local, colocando a comunidade numa situação de poucas oportunidades de trabalho e de sobrevivência difícil, o projeto pretende criar alternativas para que a população, a partir da vontade de melhorar sua vida, desenvolva e crie perspectivas de um futuro diferente daquele que, se deixado à deriva, será muito certamente para a maioria, elemento de transgressão social.

A idéia principal é de colocar os próprios moradores na condição de protagonistas do projeto e, a partir das suas próprias histórias, necessidades, concepções e talentos ir dando forma àquilo que se define no ponto de partida, sempre na perspectiva de desenvolver práticas de qualificação dos membros da comunidade de modo que, ao longo do tempo, ela se apresente preparada para enfrentar desafios do mundo do trabalho local.

A sustentabilidade do próprio grupo sobre o qual incide a intervenção é, pois, uma meta a ser perseguida, e sua integração às cadeias de produção e consumo das economias locais não dispensará a sintonia entre empresas locais, de modo que elas também se integrem diferentemente à vida da comunidade. Do mesmo modo, isto se dirige para a busca de parcerias com lideranças governamentais e comunitárias da região.

Mas não se pretende fazer uma intervenção apenas de longo prazo. Utilizar esta própria qualificação também como instrumento de elaboração de produtos geradores de renda, de modo que, concomitantemente, crie motivações de permanência e antecipe formas de atividades que, de algum modo, garantam elementos de sobrevivência econômica.

Do ponto de vista da qualificação, serão introduzidos requerimentos necessários ao processo de socialização próprios de um mundo mais exigente e diferente daquele que, costumeiramente, faz parte do seu cotidiano, desde regras de convívio social próprias da vida urbana, até formas mais organizadas e responsáveis de participação profissional.

Identificado ainda que novas linhas de inserção social, o projeto também se voltará para a implementação de outras políticas alinhadas com políticas públicas na área da educação, saúde e meio ambiente.



II- Um breve histórico

1- Do município

Cabedelo readquiriu sua condição de município em 1959 e, hoje, integra a Região Metropolitana de João Pessoa. Fica em uma península entre o Rio Paraíba e o Oceano Atlântico, formando uma planície litorânea, situada a 15km de João Pessoa. Com clima seco e quente, típico do Nordeste, em 2004 tinha uma população estimada em 57 mil habitantes, o que representa menos de 10% da população da capital, João Pessoa, ocupando a décima posição entre as cidades mais populosas da Paraíba.

Palco das constantes invasões dos holandeses e dos franceses no século XVI, fascinados pelas riquezas da terra brasileira, marca sua história a presença da Fortaleza de Santa Catarina, possivelmente erguida por ordem do donatário da Capitania da Paraíba, Frutuoso Barbosa. Era destinada a servir de apoio aos navios da coroa portuguesa que aportavam na capitania para extraírem e exportarem o pau-brasil e impedir os ataques indígenas e de nações estrangeiras que sempre procuraram invadi-la e explorá-la.

A Nau Catarineta é uma das marcas culturais mais importantes da cidade, segundo um estudo de Noemi Paes Freire e Maria Adailza Martins de Albuquerque do Departamento de Geociências da UFPB. Se constitui de uma dança dramática, um auto popular, como é conhecido no Nordeste brasileiro, inspirado nas viagens marítimas portuguesas e considerada por alguns como a atividade popular portuguesa mais antiga do país, embora se instalando na cidade apenas no início do século passado.
Publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de cada unidade da Federação, indica que a soma dos produtos internos de João Pessoa (R$ 3.868.098.000,00), Campina Grande (R$ 1.778.197.000,00), Cabedelo (R$ 566.457.000,00), Patos (R$ 356.270.000,00), Bayeux (335.285.000,00) e Santa Rita (874.187.000,00) é equivalente a 56% de todo produto do Estado, que é de R$ 13.710.913.000,00.
A cidade tem na atividade portuária e na pesca sua principal atividade econômica. A agricultura e a pecuária praticamente não existem, devido às condições estéreis do solo arenoso e salino.

Tem seu desenvolvimento fortemente associado ao Porto de Cabedelo e ao turismo, este ainda incipiente se comparado com outras cidades do Nordeste.

Para o Porto estão anunciados investimentos do governo federal da ordem de R$ 105 milhões, destinados à dragagem do canal de acesso ao porto e da bacia de evolução, além de um moderno Terminal Pesqueiro Público, previsto como um dos mais modernos da América Latina.
Segundo a imprensa, os investimentos no Porto de Cabedelo vão assegurar sua maior competitividade em nível de Nordeste. Inicialmente, os recursos serão aplicados na ampliação do calado do porto, passando dos atuais 9,14 pés para se aproximar da média nacional que é cerca de 40 pés, o que corresponde a 12 metros. Com isso, o Porto de Cabedelo poderá atender a uma demanda mundial.

2- Da Comunidade Jardim Alfa
Incrustada entre a BR 230 e o Rio Jaguaribe há aproximadamente 20 anos, a comunidade começou a se instalar nestas terras públicas, distante 10 km da sede do município, Cabedelo.
É formada de pessoas inicialmente oriundas das regiões do Cariri e Sertão paraibanos que, desgostosos, fugiram da seca e da praga do bicudo que assolava as plantações de algodão e encontraram refúgio próximos da capital. Muitos escaparam de dívidas contraídas com patrões, já que a seca e a praga do algodão não lhes permitira quitar débitos e assegurar a sobrevivência, e alguns chegaram de outras cidades mais próximas da capital, como Guarabira.
Do entorno do Jardim Alfa, fazem parte ainda as comunidades de Jardim Beta e Jardim Gama, cujas características e limites se confundem com o Jardim Alfa, foco inicial de intervenção previsto neste projeto.
Comparando com o passado recente, a comunidade já apresenta melhorias, segundo seus moradores. Muitos barracos construídos com plástico, papelão, de tábuas, hoje já são de taipa e mesmo de tijolo com reboco. De um total de 110 moradias, quase a metade são barracos construídos de plástico, papelão, restos de madeira e latão. As restantes são de taipa e algumas delas já são de tijolo e muitas já com reboco.
E, apesar da precariedade de tudo, dizem ter a vantagem de estarem mais perto de atividades que asseguram a sobrevivência.
Estamos falando de uma comunidade onde a maioria das mulheres, 60 delas, se definem como sendo do lar, isto é, não exercem nenhuma atividade remunerada e, quando exercem, a atividade de doméstica ou faxineira é a que se destaca. Uma delas não se nega a informar que é uma profissional do sexo. Por outros lado, os homens exercem atividades de biscateiros, coletores de lixo para reciclagem, carroceiros, vigilantes, pedreiros, jardineiros, porteiros e pintores. Raros são aqueles que exercem atividades com maior grau de profissionalização como marceneiro, enfermeiro, serralheiro.



A partir de dados fornecidos pela agente de saúde, conseguimos traçar um perfil desta comunidade de aproximadamente 350 pessoas, tendo como característica uma grande flutuação de moradores. A cada dia a comunidade perde e ganha novos moradores.
Todas as residências têm energia elétrica e água fornecida pelo sistema da rede pública, mas que raramente sofre qualquer tratamento adicional. Apesar de muitos declararem que há coleta de lixo, lixo de toda a espécie se espalha pelas esquinas e espaços baldios, alguns admitindo que o lixo é despejado a céu aberto, enterrado ou queimado. O rio, que margeia a comunidade, está invadido de lixo de todo tipo e de fezes proveniente de fossas ou lançadas diretamente. Das 110 moradias, 61 delas lançam as fezes diretamente no solo que, na chuva, invade um rio agonizante. Nele se encontra de tudo: de fezes a restos de móveis e eletro-domésticos.
Sem saneamento básico, por toda parte água parada, moscas e mosquitos são parte constante da paisagem, misturados com crianças exigindo todo o tipo de atenção.
Os moradores têm na unidade de saúde local o principal esteio para a resolução de seus problemas de saúde.Não contam com hospital e farmácia nas imediações e, talvez por isso, raramente os procuram.
A participação em grupos religiosos ainda não é marcante (apenas 24 deles se declaram participar de algum grupo desta natureza) e é a televisão (presente na maioria das moradias) a forma de lazer mais citada. O rádio também marca sua presença.
Como meio de locomoção mais citado está o ônibus. A bicicleta ainda tem seu lugar e ainda persiste o uso de carroças, inclusive como forma de trabalho na coleta de lixo para reciclagem.
São raras as habitações com grande grupo de pessoas. Ainda que haja o registro de muitas pessoas morando sozinhas em seus barracos, a maioria mora em grupos que vão de 2 a 8 pessoas, em espaços divididos em 3,4,5, 6 compartimentos. Podemos encontrar 6 pessoas compartilhando habitação com 2 ambientes e 3 pessoas compartilhando uma habitação com seu espaço exíguo dividido em 4,5 ambientes.
Mas, realmente, não é marcante a presença de grandes grupos familiares nessas habitações. A maioria concentra 3-4 membros, mas chama a atenção neste universo tão pequeno, 18 pessoas declararem morar sozinhas em seus barracos.
Suas 50 crianças de até 5 anos raramente desfrutam de um espaço educativo ou creche, seja público ou privado. Um terço das crianças entre 6 e 10 anos também estão fora da escola (35%) e um quarto das crianças entre 11 e 15 também não freqüentam a escola. Este grupo de crianças e adolescentes perfazem 20% da comunidade. Após os 16 anos a escola já está fora dos planos dos jovens da comunidade que conta ainda com um contingente de analfabetos superior a 20%, com idade a partir de 16 anos até mais de 60 anos. A maior concentração de analfabetos está na faixa etária entre 20 e 40 anos.


3- Da Associação
A Associação de Arte e Cultura Nova Paisagem, fundada em 15 de Julho
de 2008, se propõe a desenvolver programas de profissionalização e de
promoção social e artística em áreas de exclusão social no município
de Cabedelo- Paraíba. E selecionou esta comunidade para iniciar seu trabalho.

Ainda sem sede própria, iniciou um trabalho conjunto com a empresa Carvalho-móveis sob medida, em seu galpão localizado no Jardim Alfa, já que essa empresa vem demonstrando preocupação em ampliar o conceito de responsabilidade social, promovendo o desenvolvimento humano sustentável da comunidade onde está inserida através do aproveitamento de matéria prima excedente - pedaços de MDF, pinho, vidro, espelho e outros.

No dia 30 de junho foi realizado o primeiro encontro com os moradores
do Jardim Alfa e, a partir de então, vêm acontecendo oficinas aos
sábados para crianças, jovens e adultos. As oficinas não se restringem
apenas à realização de atividades manuais, mas estão voltadas também
para a escuta das demandas e dos desejos dos moradores da comunidade.

III- Do universo a ser atingido
O projeto, desde o seu início, já trabalhou com cerca de 60 moradores, com participação média de 20 pessoas em cada dia de atividade. Atualmente, com o aumento da demanda, já se colocam as limitações do espaço para o desenvolvimento de todas as possibilidade de trabalho e a necessidade de mobilização de mais pessoas para serem atendidas.

IV- A proposta geral
Desnecessário dizer que a comunidade Jardim Alfa e seu entorno ( Jardim Beta e Jardim Gama) apresenta uma multiplicidade de problemas que vão desde o uso irregular das margens do rio para a construção de suas habitações à ausência de saneamento básico, de calçamento, de casas minimamente seguras e de espaços de lazer. Seus moradores são, sobretudo, desprovidos de formação que os habilitem ao desenvolvimento de atividades mais qualificadas de geração de renda.


A idéia fundamental portanto, está voltada para a formação profissional de acordo com a vocação da comunidade, combinada com as necessidades demandadas pelas funções econômicas exercidas tanto em Cabedelo, como em João Pessoa.

Sempre com o olhar voltado para o resgate de elementos da cultura local, somatório de muitas experiências trazidas por seus moradores, existe também o entendimento de que qualquer trabalho na comunidade precisa ir estabelecendo uma marca própria, como forma de valorizar seus membros e, com isto, ir contribuindo para a elevação da sua auto-estima.
E, com esta perspectiva, propostas surgem como fundamentais, algumas já em processo:
- o desenvolvimento de atividades artesanais que tragam a marca da comunidade e façam uso de recursos já disponibilizados por empresas da região, como madeira, vidro, espelho, granito;
- a formação de quadros para atender demandas de restaurantes situados em áreas turísticas próximas á comunidade;
- o estímulo à atividade que assegure a continuidade da tradição cerâmica;
-encadernação básica e artesanal;
-tecelagem artesanal.
Naturalmente que nada disto dispensa a intervenção publica na área da saúde, seja em termos de atendimento odontológico, prevenção e tratamento de doenças, especialmente as DSTs, higiene pessoal, além daquelas ligadas à cultura como bibliotecas volantes, praticas esportivas, arte-educação e oficinas que tratem de temas e problemas que integram o cotidiano (educação sexual, drogas). Além disto, o espaço já inspira cuidados na área de zoonose, tendo em vista a presença de muitos animais abandonados e doentes convivendo no mesmo ambiente de lazer das crianças da comunidade.

V- Propostas específicas
1- de infraestrutura
a) Aquisição de um terreno e construção de um galpão (projeto em anexo) para a instalação de um espaço independente, para uso em tempo integral do exercício daquelas atividades definidas pelo grupo, sob a responsabilidade da Associação de Arte e Cultura Nova Paisagem.


A construção do galpão guarda a peculiaridade de ser concebido em termos de uma proposta ecológica de (re)aproveitamento de materiais e de uso da terra, tipo adobe, e conta com projeto específico.
Para o galpão estão previstas a ambientação de quatro espaços principais: um voltado para as atividades artesanais, outro para a escola-cerâmica, um terceiro para a cozinha e um quarto para estudo e biblioteca.
b) Empreender a luta para a conquista de recursos e políticas que conduzam à urgente revitalização do Rio Jaguaribe, a melhoria das moradias, o saneamento, o calçamento das ruas e a introdução de práticas mais saudáveis de organização e uso do espaço geográfico.
2- de geração de renda
a) atividades artesanais- buscando novas parecerias, avançar no projeto já em curso em parceria com a fábrica de móveis Carvalho, e que focaliza o uso da madeira. Com esta atividade a idéia é imediatamente gerar renda para a comunidade.
Qualificar o grupo em novas técnicas artesanais para as quais alguns de seus membros já mostram talento e competência.. E, neste caso, dominar o manejo de materiais como o vidro, o mármore, o espelho e, com eles, produzir outras peças utilitárias e artísticas;
b) na área de cerâmica criar a Escola-cerâmica, voltada para o torneamento, confecção de peças utilitárias , produção de massas e realização de queimas para o suprimento de uma carência no mercado cerâmico.
Para esta atividade o grupo já tem disponível 2 tornos elétricos para a confecção das peças, 1 forno cerâmico elétrico para queima das peças cerâmicas.A expansão da atividade prevê a construção de um torno manual e um forno à lenha.
c) encadernação artesanal com o objetivo de possibilitar o aprendizado de técnicas básicas e simples deste fazer empregando diversos tipos de costura e de materiais no revestimento.
Para essa atividade o grupo já tem disponibilizado uma prensa, uma guilhotina de mesa, uma perfuradora, chanfradeiras e dobradeiras;
d) atentos à vocação das duas cidades (Cabedelo e João Pessoa) voltadas para o turismo, é sugestiva a idéia de um programa de formação de profissionais para atender demandas na área de restaurantes, especialmente cozinheiros/as e garçons/garçonetes, e, eventualmente, qualificar os quadros de faxineiras e empregadas domésticas.
3- de natureza social
a) desenvolver atividades culturais, voltadas para as crianças e jovens, com a instalação de uma biblioteca e espaço de leitura;
b) desenvolver programas de articulação com a escola de modo que ela corresponda às necessidades da comunidade, integrando seus jovens e resolvendo o problema do analfabetismo que ainda persiste entre os adultos;
c) empreender esforços para que todos os programas sócio-culturais desenvolvidos pela prefeitura também aconteçam nesta comunidade, como biblioteca itinerante;
d) Interceder junto à Prefeitura para a melhoria dos serviços locais de educação escolar, creche, atendimento odontológico, etc.

VI- Cronograma
O projeto já teve seu início deflagrado e sua continuidade e fortalecimento depende exclusivamente da combinação de esforços entre sociedade civil e Estado, na figura da Prefeitura da cidade.

VII- Orçamento
Os gastos iniciais estão sendo bancados pela Associação Nova Paisagem e pela cessão de espaço e de sobras de materiais fornecidos pela empresa Carvalho.
Os gastos futuros estão relacionados à:
-cessão de terreno público para a construção do galpão, para o qual já existe o projeto arquitetônico, em conformidade às necessidades aqui estabelecidas e dentro das recomendações ecológicas atuais de reaproveitamento de materiais;
-ambientação de espaço para a realização das oficinas de trabalho com madeira, vidro, mármore, espelho, cerâmica e encadernação;
-ambientação de espaço de cozinha para cursos de formação culinária, e
-ambientação de um espaço de estudo e biblioteca.

VIII- Equipe responsável
Membros da Associação de Arte e Cultura Nova Paisagem integrada aos membros da comunidade que já tem um incipiente processo de criação de uma associação de bairro.


IX- Parcerias
Além da Empresa Carvalho, a equipe já mantém contatos com outras empresas da região e que atuam na área de granito, espelho, vidro, tintas, para fornecimento de material de apoio às atividades previstas. Alem disso, já se iniciaram contatos com lojas e restaurantes da cidade para a comercialização dos produtos produzidos nas oficinas.